Onde fogo não há, fumaça não se levanta, diz o ditado. O que se perde no fogo, na fumaça (ou escrita aparece).
O fogo é sujeito e objeto, isto é, concorda com o verbo e completa o verbo. E mais: é ele o próprio verbo, faz e chama sua própria gramática para o ato de escrever.
Não acredita? Experimente substituir as consequências do fogo pela escrita. Fogo é luz, ouro, incêndio. Dá e tira formas. A ignição dessa oficina parte de questões fundamentais levantadas por Agamben e Bachelard na relação entre a criação literária e esse elemento coruscante, libidinoso, pura pólvora.
Vamos riscar fósforos bem perto desses ditos populares, canções brasileiras, textos de Ana Martins Marques, Hilda Hilst, Herberto Helder, Mário de Sá Carneiro, Sophia de Mello Breyner Andresen, Wislawa Szymborska e mais.
A oficina é um convite para começar, observar ou reanimar um incêndio.
quando: 4, 11, 18 e 25 de setembro
quartas-feiras, 19h-21h
valor: R$290,00
vagas limitadas
atividade presencial:
R. da Bahia, 1148, sl. 1537, ed. Maletta, Belo Horizonte/MG
Sobre a ministrante, Nathália Lima:
É poeta, professora e tem mestrado em estudos literários pela UFV. É autora de Istmo (urutau, 2022), semifinalista do prêmio oceanos; tem poemas publicados nas revistas literárias Ruído Manifesto e leituras.org.